ALTAS HABILIDADES/
SUPERDOTAÇÃO
BIBLIOGRAFIAS

CRONOLOGIA

ARANHA, M.S.F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência, Revista do Ministério Público do Trabalho, Ano XI, nº 21, março, 2001, pp. 160-173.
Maria Salete Aranha é um nome consagrado no mundo acadêmico e militante do atendimento da pessoa que apresenta necessidades educacionais especiais. Tem uma rica produção, nascida da assessoria prestada ao MEC e outras instituições, no Brasil e no exterior. Orientou várias ações, no campo da formação continuada para professores, no Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE) da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP), órgão da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
O presente texto se constitui numa análise das relações que a sociedade tem estabelecido com as deficiências e as pessoas deficientes. Salete Aranha investiga os traços predominantes no comportamento da sociedade e sua relação com as mudanças históricas, observando como vão se formando paradigmas.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a história que não se conta. 7ª ed. Campinas: Papirus, 2001.
Lino Castellani Filho, formado em Educação Física pela USP e mestre em Educação pela PUCSP, leciona na Faculdade de Educação Física da UNICAMP. É membro pesquisador do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte.
O autor manifesta nesta obra "... a preocupação de buscar saber a quais necessidades a Educação Física respondeu no Brasil em seus diferentes momentos históricos" propondo-se a "resgatar em seu passado, a influência por ela sofrida das instituições militares e da categoria profissional do médicos...".
É nesse contexto que aparece claramente como a pessoa com deficiência, que não corresponde aos padrões eugênicos estabelecidos em determinado momento histórico, é oficialmente relegada com o apoio de pretensa verdade científica.

CNBB - CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Campanha da Fraternidade 2006 - Manual. São Paulo: Editora Salesiana. 2005.
Anualmente a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade, para qual é definido um tema. Para a campanha de 2006 foi escolhido o tema "Fraternidade e Pessoas com Deficiência".
Colocando as pessoas com deficiência como centro de atenção e reflexão, a sociedade e a própria Igreja são questionadas sobre atitudes e relacionamentos em relação a elas.
Segundo o Manual, "O objetivo geral da CF-2006 é conhecer melhor a realidade das pessoas com deficiência e refletir sobre sua situação, à luz da Palavra de Deus e da ética cristã, para suscitar maior fraternidade e solidariedade em relação às pessoas com deficiência, promovendo sua dignidade e seus direitos."

CUNHA, Maria Clementina Pereira. O espelho do mundo - Juquery a história de um asilo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
Do Departamento de História da UNICAMP, a autora aproveitou suas pesquisas para sua tese de doutorado, para a preparação deste livro.
Maria Clementina diz que "a intenção deste trabalho sobre o Hospício do Juquery e a psiquiatria paulista do final do século XIX até a década de 30 será a de estabelecer as relações que definiram seu perfil - sobretudo no que diz respeito à sua articulação com a problemática urbana -, tanto quanto perceber suas formas concretas e cotidianas de "operação", no âmago da relação asilar, enquanto instrumento de disciplinarização."

MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação escolar comum ou especial? São Paulo: Pioneira, 1987.
Conhecido dentro e fora do Brasil, Marcos J S Mazzotta foi diretor do Serviço de Educação Especial da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo durante cinco anos. Sua atuação no magistério inclui a USP e o Mackenzie. Tem vários livros e artigos publicados.
O presente texto se ocupa especialmente de temas ligados à educação de alunos com deficiência mental: quem é esse aluno, a formação do professor, o currículo, o ensino e sua organização, etc.

MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação especial no Brasil história e políticas públicas. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.
Este é um texto básico para quem se interessa pela história da Educação Especial no Brasil. Nele Mazzotta vai muito além de um simples elenco de acontecimentos históricos. O autor procura analisá-los em seu contexto político-ideológico, com um olhar crítico em relação às políticas públicas propostas e desenvolvidas pelos vários governos.
Neste panorama, Mazzota tem um olhar de fundo para toda a sociedade, mostrando como a pessoa com deficiência vai sendo vista e ocupando seu espaço.

SILVA, Otto Marques da. A epopéia ignorada - a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje. São Paulo: CEDAS, 1987, 470 p.
Otto Marques da Silva estava, em 1957, no Instituto de Reabilitação da USP. A partir de 1963 desenvolveu um trabalho de caráter internacional na ONU, como técnico em reabilitação. Suas pesquisas para a produção deste livro começaram em 1979. O envolvimento do autor com as pessoas deficientes inclui a direção executiva da SORRI-SÃO PAULO.
O título desta obra nos dá uma dimensão do que se trata. O autor nos oferece, na primeira parte, um panorama da "saga da pessoa deficiente", em todo o mundo, ao longo da História, dedicando algumas páginas sobre o Ano Internacional das Pessoas Deficientes (1981), inclusive a dinâmica de seu desenvolvimento no Brasil. A segunda parte, intitulada A integração das pessoas deficientes na sociedade - o desafio de nossos dias, é, na verdade, uma proposta de programa de atendimento em reabilitação de pessoas deficientes.